SIM – Semana da música transforma São Paulo num Sxsw mirim, com discussões e mil shows. Veja performance de FingerFingerrr e BRVNKS

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* A SIM – Semana Internacional da Música, convenção anual que pretende juntar todas as pontas da música como business, tendo o crescimento da CENA brasileira como foco e promovendo intercâmbios com a cena latina e americana em diversos níveis da produção sonora. Começou em festas na quarta-feira, mas ontem teve seu primeiro dia de programação séria, no Centro Cultural SP, com nível gringo de organização e espalhando shows bons pela cidade, que viveu desde 12h um clima de Austin, Texas.

A Popload percorreu a programação da SIMSP durante o dia e esteve em shows da noite. Num apanhado geral do que vimos podemos recortar o seguinte:

DIA – Painéis e showcases no CCSP
O primeiro painel do dia foi “A Música na TV Brasileira”. E o pessoal que estava debatendo falou um pouco sobre adequação dos artistas quanto aos vídeos que passam nos canais dedicados à música seja na TV aberta ou fechada. Foi importante ver chefes de programação da MTV, PLAY TV e a diretora do programa “Altas Horas”, pelas bandeiras que defendem, discutindo os novos rumos dos videoclipes e qual o caminho do artista até chegar às televisões. Hoje em dia o caminho é muito mais curto, por causa da internet. Agora o caminho é Youtube -> TV, foi o consenso.

Outro painel, “Crítica Cultural x Curadoria de Conteúdo”, com gente da Vice, Noize, Sofar e Bravo! Nessa conversa muito se discutiu, também à luz da independência virtual vs. canais estabelecidos, sobre a relevância de se escrever uma crítica musical, se ela ainda se faz necessária e qual o cenário da crítica no Brasil. Os canais de Youtube que hoje são importantes “formadores de opinião” (cada um com seu peso) para a juventude que acredita no que ouve de pessoas (que às vezes não têm esse conteúdo e conhecimento todo necessário para fazerem uma critica musical) que admiram. A falta de incentivo financeiro para esse tipo de trabalho foi um dos pontos que pegaram durante a conversa. O raciocínio é fácil: se não tem incentivo o pessoal que sabe/quer escrever sobre críticas mais embasadas vai murchando.

“Minha Música na Novela” foi um painel até surpreendente para o público presente, pelo rumo que tomou. Serviu para, de acordo com a mesa, entender que música em trilha de novela (pelo menos da Globo) aparece lá porque faz sentido na trama, ou faz sentido a uma certa personagem. Não tem jabá e é mais questão de feeling, mesmo. Artistas independentes, grandes nomes, nomes que estão bombando no momento…cabe de tudo nas trilhas, segundo disseram.

Flora Gil entrevistada por Roberta Martinelli. Vimos pouco da conversa, mas pelo entendemos ela foi pautada um pouco na “eterna luta” entre grandes empresas tipo o Youtube e os artistas, se a distribuição e o retorno financeiro é justo, a coisa dos direitos autorais e um pouco sobre a cena dos novos artistas. Fico pensando o que o Chance The Rapper poderia falar nessa conversa, já que ele é um dos maiores nomes da música mundial, indicado a (vá lá) Grammy e nunca colocou música para vender, sempre distribuiu tudo de graça e só a última mixtape dele está em programas de streaming. Já a Taylor Swift escreveu carta para Apple pedindo mais “retorno financeiro” para os artistas… Essa conversa não tem fim.

“Minha Carreira no Exterior” teve do produtor e agitador Marcos Boffa, herói indie desde os 90, como mediador, e gente tipo Adriano Cintra e Andreas Kisser batendo aquele papo de bandas brasileiras que fizeram fama lá fora. É meio um papo que a gente já sabe: a banda tem que ser foda AND estar no lugar e na hora certa, para aproveitar oportunidades que surjam. Misto de sorte e talento.

Na parte de shows, os do dia, no Centro Cultural, rápidas apresentações de enxutos 20 minutos, tiveram coisas bem legais, como a pauleira garagem do FingerFingerrr até o hip hop style de Tássia Reis e Ogi, entre outros.

Na movimentada noite paulistana de ontem, fomos à Casa do Mancha ver o showcase do Bananada, que apresentou espetaculares shows do goiano BRVNKS e do carioca Ventre.

Abaixo, temos vídeos do FingerFingerrr (o vocal estava tecnicamente prejudicado na performance deles e reflete no vídeo, mas tudo bem porque a energia sonora do duo transborda) e da belezura que é o BRVNKS.

** As imagens deste post, a de cima e a que está na home da Popload, são da performance da cantora Tássia Reis.

** A cobertura POPLOAD do SIM – SEMANA INTERNACIONAL DA MÚSICA é de Lúcio Ribeiro e Isadora Almeida.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 09/12/2016
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