Encontre os Strokes no banheiro e nas telas. “Meet Me in the Bathroom”, sobre a bombástica cena de Nova York dos anos 2000, já pode ser visto no Brasil

Tudo começou com “Last Nite”.

A história já é bem conhecida, mas agora ganhou uma força absurda com o filme “Meet Me in the Bathroom”, que passou em circuito de festivais e cinemas indies nos EUA no ano passado, chega às telas grandes britânicas em março e já pode ser visto em plataformas brasileiras. Porém pago (além da assinatura, claro).

Se você não pratica o Stremio, “Meet Me in the Bathroom” pode ser alugado já na Prime Video, da Amazon. E a Apple TV+ promete “para breve” botar o filme para comprar ou alugar.

O papo é aquele. No comecinho dos anos 2000, uma nova geração de bandas e artistas independentes de rock e eletrônica de Nova York voltou a botar de uma maneira considerada revolucionária a cidade no mapa da música do planeta.

Capitaneados pelos icônicos Strokes (foto acima) no rock de garagem e os icônicos LCD Soundsystem (e sua gravadora DFA) e Rapture na nova onda dance punk, aproveitando o surgimento de festivais indies gigantes nos EUA como o Coachella (na California), municiando maravilhosamente os festivais ingleses em baixa desde o ocaso do britpop e contando com os últimos suspiros de relevância da MTV americana, o som de Nova York chapou a nova música jovem em palcos e pistas do planeta.

O pôster do filme para os cinemas ingleses.
Estreia em várias cidades agora em março

“Meet Me in the Bathroom”, o documentário, é inspirado no livro da jornalista e testemunha ocular da cena Lizzy Goodman, uma “história oral” com os envolvidos (Yeah Yeah Yeahs, Interpol, Ryan Adams etc.), editado em 2017. Empresta seu título de famosa música dos Strokes, presente em um de seus principais discos, o “Room on Fire”, o segundo álbum da trupe de Julian Casablancas, quando a cena estava estalecidíssima.

O filme, como não poderia deixar de ser, traz bastante do atentado do 11 de Setembro em Nova York e seus efeitos nos habitantes da cidade, entre eles obviamente todo mundo de toda banda local.

E tem uma atmosfera peculiar. Pode ser uma delícia para quem viveu a cena, mesmo de longe, mesmo do Brasil. Mas parece um amontoado de imagens (ainda que muitas delas preciosamente nunca vistas) para quem não foi impactado à época ou mesmo depois pelo que os Strokes e sua turma e James Murphy e sua turma fizeram pela nova música (foi muito).

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