A dark wave que de repente ganhou presença forte hoje na música pop tem favorecido um número expressivo de bandas que podem nem ser tão dark assim, mas que possuem uma ambiência musical eletrônica viajante que dialoga com a corrente. Ou você acha que foi de bobeira que a vocalista do duo americano Boy Harsher falou “Nós somos uma banda de dance music” ao se apresentar para seu público enorme que lotou o terceiro palco em uma das madrugadas do último Primavera Sound São Paulo, semanas atrás.
Um dos grupos que têm encontrado um espaço generoso para se estabelecer de novo na cena synth é a instituição norueguesa Röysopp, nome velho de guerra dos indies desde que veio a sua maneira entrar pela porta aberta pelos Strokes no começo dos 2000 e que, agora em 2022, armou um belo retorno à ativa, com nada menos que três álbuns novos.
Sexta passada saiu “Profound Mysteries III” (capa acima), o terceiro carregamento de músicas novas que foi colocado em disco neste ano. São mais do que álbuns, são volumes de uma obra multimídia que combina filme, fotografia e animação, além da música.
A gente deixa aqui embaixo “Stay Awhile”, para entender mais do “filosófico” rolê multimídia do novo trabalho do duo norueguês.
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