“Obrigado por virem ver o verdadeiro King”. Assim começou o show da banda australiana psicodélica malucaça de Melbourne (isso, a gente cansa de dizer aqui, é um selo de extrema qualidade), King Gizzard & the Lizard Wizard, no sabadão chuvoso do Lollapalooza Brasil.
A frase veio com o “obrigado” em português, o resto em inglês, e a referência era que no palco principal do festival estava começando, no exato mesmo horário, a apresentação de outros Kings, no caso os “of Leon”.
O show do King Gizzard foi exatamente o que se esperava dele. Nada e tudo ao mesmo tempo. Uma banda que lançou o quê, seis discos nos últimos 12 meses? Disco de metal, disco indie, disco de eletrônico. Um show sem respiro, sem arrego, sem hits, sem muitas firulas, só doideira.
Nosso amigo Anderson Foca, rato de festivais, guitarrista e criador do incrível festival Do Sol, de Natal (RN), tem umas coisas a dizer sobre o grupo australiano com o maior número de discos versus tempo de trajetória do planeta. Para o Foca, o melhor concerto disparado do Lolla BR 24.
“Achei que o Lolla já tinha tido o seu top 1 com o Jungle, mas o King Gizzard ATROPELOU GERAL: que show fuderosooooo, que banda, que performance, nenhum hit, nenhuma concessão. Só os caras, um técnico de som inspirado e uma das melhores bandas do mundo em ação. Quem estava lá e curte rock ‘coisado’ não vai esquecer. Foi agora, mas já entrou pra vida.”
Na falta ainda de visuais do show de sábado em interlagos, vamos com o áudio (bom) completo o KG&LW em SP.
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* As fotos do King Gizzard & The Lizard Wizard usadas para este post são da @flashbang.