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* É claro que o Popload Festival, como parte dos empreendimentos Popload, Popload Inc. e tal, é filho nosso. E estamos aqui para proteger a nossa cria. Então, não leve a mal que a gente considera este Popload Festival 2018, que aconteceu ontem em São Paulo para cerca de 14 mil pessoas, o melhor de todos.
Que acontecimento, que público lindo e absurdo, que shows, que água gostosa para se beber, que confusão nos bastidores com riscos graves pra escalação rolando enquanto a galera tomava sua cerveja e seu drink geladinhos, que chuva uma hora, que sol forte em outras, que frescura (no sentido de clima) à noitinha.
* Que mulher essa Letrux, abrindo o festival deusa, de vermelho, dominando o já grande público para um primeiro show, esvoaçante e toda de vermelho, palco lindo, banda foda.
* Que gostosura o Tim e a Mallu, novinhos e tão talentosos, segurando uma onda em um show diferente pra eles, fora da curva, delicado e intenso, recebendo um chuvaréu que lavou o Memorial e, se amenizou o calorzão de antes, ferrou uns looks caprichados e tudo mais.
* Daí entra o primeiro gringo, a banda texana At the Drive In, histórica para os indies-indies, furacão sonoro para tirar o Popload Festival de sua zona de conforto. Banda putaça com alguém da plateia que eu não entendi, xingando muito, temperatura altíssima em todos os níveis, show rápido e veloz (conceitos diferentes). Resumindo: histórico, ainda que para uma boa parte do público era só “uns caras barulhentos”.
* Depois teve a fofura master do Death Cab for Cutie em show guerreiro, porque quase não aconteceu. Seu líder, o vocalista e guitarrista Ben Gibbard, precisou ser levado ao palco no colo, por conta de um problema de saúde que o pegou horas antes de ir ao Memorial para a apresentação. Santa médica, santa medicação. Que comunicado importante e quase aterrorizante ontem que a Bel Lenza, da equipe da Popload, foi obrigada a pronunciar antes de a banda entrar em ação. Agregou público e banda. No fim, foi lindo. Espero que tenha sido lindo também para o Gibbard. Principalmente depois que os efeitos dos remédios que salvaram o show passaram.
* Outro show que foi uma emoção no bastidor foi o do duo-banda americano MGMT. Você não tem ideia. Nem vai ter hahaha. Mas rolou lindo, com climão delícia de fim de tarde pós-chuva pré shows principais. Você também teve vontade de chorar em “Electric Feel” ou fui só eu?
* Eu espalhei uns termos “históricos” acima, mas nada foi tão lendário quanto o Brasil finalmente ver o Blondie, a Debbie Harry e o baixista que já tocou com Elvis Presley em ação, aqui na nossa casa, ali na nossa cara. Tantos hits inesquecíveis, eternos. Não sei nem direito o que dizer.
* Para acabar, entrou a menina Lorde, a atração principal. A responsável para o estouro da manada de fãs quando as portas se abriram, a da articulação na internet prévia, a garota neozelandesa com uma carreira de veterana mas que tem ainda 22 anos. Em sua segunda vez no Brasil, nem parece o bebê de um disco só que veio tocar no Lollapalooza de anos atrás, em um show entre o tímido e o confuso. Agora dona total de um palco, comandante de dançarinos, também de vermelho, ousadinha só de sutiã, distribuindo palavras de sabedoria com tão pouca mas intensa vivência. Que show. Que final consagrador com o megahit “Green Light” em clima carnavalesco, chuva de papel, galera pulando tipo o que acontecia em concerto do Nirvana.
Bom, o Popload Festival 2018 está morto. Viva o Popload Festival 2019! Você vai amar saber qual banda a gente já fechou.
** VÍDEOS
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