CENA – Na lagoa e na praia, Festival Saravá de Florianópolis foi dominado por mulheres no palco e na plateia

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O duo catarinense Muñoz no primeiro dia do Festival Saravá<

* Movimentando duas sedes, uma na lagoa (da Conceição) e uma na praia (da Joaquina), o Festival Saravá aconteceu neste último final de semana na deliciosa Florianópolis, desde sexta-feira, para dar gás à CENA local, à CENA “prima” (curitibana), fazer intercâmbio bom com outras tribos indies superaquecidas (RJ, GO e SP) e inserir seu nome no vasto calendário de festivais brasileiros no ano. Em sua quarta e maior edição, o Saravá agora é uma realidade para além da ilha.

A Popload foi ver tudo isso de perto. Que mulher é essa Letícia (Letrux)? Que mulheres são essas mulambas? Que mulher é essa Salma (Carne Doce)? Ainda com Tássia Reis e as garotas do La Leuca (SC) e Cora (PR), o Saravá foi um festival feminino. Não por coincidência, o público na maioria era de mulheres. Quase apanhei de um grupo de adolescentes furiosas comigo só porque sou alto e queria ver a Letrux mais de perto… Fui cuspido para trás, solenemente. E nem ouso fazer textão de Facebook por causa disso.

Não que os meninos também não fizeram bonito no Saravá. O duo Muñoz, entre o Led Zeppelin e o White Stripes, foi incrível na sexta, junto com o sempre bom Hierofante Púrpura, quarteto paulista de Mogi das Cruzes cujo show, qualquer show, não passa despercebido. Até com guitarrista mal de saúde, debilitado, tocando sentado. No sábado, o rodado grupo instrumental-agora-com-DJ Skrotes abriu bem a noite linda na praia da Joaquina. Que seria devastada depois com o engajado e cada vez melhor show da Mulamba, de Curitiba, mas enfim. Bike tocando disco novo foi lindo já em altas horas desta segunda-feira, segundo relatos, porque não consegui ficar. Para provar toda essa tese do mulherio saravaiense, convidaram para as guitarras a “DJ” Gabriela Deptulski, a alma do My Magical Glowing Lens.

“Ainda não estou acreditando nesse cenário que eu vejo na minha frente”, disse em meio a seu show a cantora carioca Letícia Letrux. “Um monte de gente linda e um mar ali atrás”, completou a performer, porque ela é uma performer mesmo, falando do palco improvisado no restaurante-casa de eventos Àtôa na Jôa, na praia da Joaquina, onde o festival aconteceu “maior” no sábado e no domingo. Na sexta, o Saravá ocorreu na Casa de Noca, clube de dois andares que recebe de indie a pagode.

Então estamos assim. Num recorte rápido dos festivais brasileiros temos o que acontece em montanhas, à beira de rio, de lagoa, do mar, perto de cachoeira, em cenário urbano, em casa de shows, em rooftop, em porões, em restaurantes etc. Estou me esquecendo de algo?

Abaixo, fotos e vídeos do Festival Saravá 2018.

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A banda mogiana (das Cruzes) Hierofante Púrpura, em ação na sexta no Saravá versão lagoa

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A banda “visual” Orquestra Manancial da Alvorada, octeto local, espreme seu instrumental bonito no palco do Saravá, domingo

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O grupo feminino Cora, de Curitiba, que se apresentou no primeiro dia do Saravá, na sexta/em>

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* A imagem que ilustra a chamada para este post, na home da Popload, traz a banda Carne Doce.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 13/03/2018
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