CENA – ALDO THE BAND lança disco novo de 43 faixas que ainda nem é o disco novo

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* A “familiar” armada indie-dance paulistana Aldo The Band, quarteto conduzido pelos irmãos André e Murilo Faria (foto acima), altas doses de guitarras, altas levadas dance, não está nesta vida à toa, desde que seus capitães abandonaram os empregos “normais” para montar o grupo.

Desde 2013 já lançaram dois excelentes álbuns (“Is Love” e “Giant Flea”), fizeram show no Primavera de Barcelona, se apresentaram em Liverpool e na Itália, gravaram disco no estúdio do cultuado Air francês e estão escalados para abrir os três shows do festival do Radiohead no Brasil, em abril.

E hoje lançam um disco. De 43 músicas. Que ainda nem é o disco novo, o terceiro, que está sendo burilado e burilado e burilado para sair ainda neste primeiro semestre.

O disco novo que não é novo se chama “2014 – 2017 Fleas, Bureaucracy & Demos” e é um expurgo de coisas que o Aldo viveu nos últimos anos, no período entre o primeiro álbum, as viagens e as tumultuadas gravações do segundo disco por um selo grande à epoca (2015), o Skol Music. Aaaaacho que o termo “bureaucracy” vem desse período.

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“O terceiro album só de inéditas vem depois desse, na sequência de lançamentos”, fala André Faria. “Esse é novo, mas estamos chamando ele de “Compilado”… Um jeito de rever e organizar o que rolou nos últimos três anos, gravadora e afins, que foram uma treta e muita coisa se perdeu. Desde a nossa auto-estima até algumas tracks recusadas. Aí resolvemos abrir a cozinha, com as demos, outtakes, algumas inéditas, participação especial.”

“2014 – 2017 Fleas, Bureaucracy & Demos”, que bota o Aldo de novo na rota da independência, foi produzido no estúdio novo dos irmãos Faria: o Evil Twin Music.

Dentre as 43 faixas, e dentre as inéditas, tem as ótimas “One Hot Day in São Paulo” e “I See Blood in the Paper”. Um monte de demos de garagem, como as de músicas conhecidas do tipo “Freakin’ Me Out” e “Sunday Dust”, zoeiras internas tipo “Little Coffee Shop”, a janelinha em Pinheiros que serve o melhor café de São Paulo, e “Faria’s Sausage Factory”. Fora o show desse disco: alguns remixes de gente grande.

O veterano italiano histórico disco-cool Daniele Baldelli fez dois remixes para o último hit dos Aldo, “Unbreakable”. O brasileiro respeitadíssimo Renato Cohen empresta sua categoria líquida em remix de “Liquid Metal”, levando a música do Aldo para outro lugar. Para a mesma “Liquid Metal”, o guitarrista pernambucano Lúcio Maia, da Nação Zumbi, intensifica o caráter disco-punk da canção para com um monte de riffs seu.

Muitas das faixas desse disco-não disco do Aldo the Band têm baterias tocadas pelo grande produtor e músico Erico Theobaldo, que acompanha a banda desde seu primeiro show.

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“2014 – 2017 Fleas, Bureaucracy & Demos” está à disposição de ouvidos espertos na Apple Music e no Spotify. E dá, claro, para ser ouvido inteiro via Youtube, aqui.

Das 43, a Popload selecionou três para você.

Senhoras e senhores, Aldo The Band retrabalhado, esticado, burilado, mexido e revivido.

* A foto deste post é de Cristiano Madureira. A imagem que está na home da Popload na chamada para este post é de Vitor Bossa.

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