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* Yannick Hara não é um rapper comum, definitivamente. Começa que é um negro de traços orientais ou um afrojaponês (ou afrosamurai, como se autodefiniu) fazendo hip hop. Seu primeiro disco, um EP exatamente com o nome “Também Conhecido Como Afro Samurai”, de 2016, era a construção de um rap baseado em um mangá, de Takashi Okazaki.
Nada a ver, tudo a ver. Filho de pai negro e mãe japonesa, Yannick se vira na cena misturando cultura oriental com a ocidental ao fundo sonoro do hip hop. E tudo bem.
Seguindo seu caminho de estranhezas saudáveis, ele mergulha agora numa obra-prima de ficção científica, literatura e cinema, para tecer seu primeiro álbum, a ser lançado no finalzinho do ano, mas adiantado por uma série de lançamentos de seis singles mensais até outubro que começa aqui e agora, com o single “Blade Runner”. O nome do álbum? “O Caçador de Andróides”.
“Blade Runner”, a música, traz para a São Paulo de 2019 a temática futurística, depressivamente linda, do filme homônimo de Ridley Scott, que chapou os anos 80 e virou um dos mais cult de todos os tempos no cinema. Claro, cada um no seu tempo e espaço, mas ambos versando sobre “alta tecnologia e baixa qualidade de vida”, segundo o rapper.
O vídeo cyberpunk afrojaponêspaulistano filmado no Centrão de Yannick foi dirigido por Vertin Moura (ator de “Big Jato” e “3%”) e participação especial do poeta Rafael Carnevalli
“O Caçador de Andróides”, o álbum de Yannick Hara, terá 12 faixas e uma mescla sonora que contemplará, além do hip hop de lei, estilos como trap, dubstep, big beat, vaporwave, synthpop e pós-punk. Participações especiais são esperadas quando o disco for revelado, como Clemente Nascimento (Inocentes e Plebe Rude), Rodrigo Lima (Dead Fish), Keops e Raony (Medulla), Rike (NDK), Moah (Lumiére), o rapper Cronixta e a cantora indie mineira Sara Não Tem Nome.
Para começar a saga cyberpunk do rap de Yannick, tome esta “Blade Runner”. Vem mais por aí.
Assista ao vídeo clipe de “Blade Runner” no YouTube e ouça o single no Spotify.
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