Top 10 Gringo – Que ranking desta semana!!! Começa na Ashnikko, passa por Paris Texas e The Kills e termina nas Wet Leg

Nesta semana a gente foi para todas as direções, viu? Do pop mais dócil e facinho até o pop mais torto, maluco e sem lei. Talvez seja a empolgação pela pulsante música novo ou por ver alguns grandes shows batendo na nossa porta – yeah yeah yeah(s)!!! E olha só. Chegamos (quaaase) à música 300 na nossa playlist. Quer entender o que foi 2023 na música? Escuta aqui!

A gente é bem fã da maluquice da americana Ashnikko. Manja ela? Imagina se a Taylor Swift fizesse um som mais puxado ao trap com influências de emo, música gótica e vocais de vez em quando guturais bem heavy metal. Um tiquinho de k-pop e um hit do TikTok. Boom! Talvez esse seja um dos muitos jeitos de definir o caldo da Ashnikko, seu novo álbum, “Weekiller”, é das coisas mais divertidas que escutamos em 2023. Ponto. 

Win Wenders e aprendenders. Brincadeira, brincadeira. Mais você vai aprender um tanto se entrar na brisa da dupla de hip hop californiana Paris Texas, formada por Louie Pastel e Felix. A mixtape “Boy Anonymous”, de 2021, já tinha feito um barulhão e agora eles chegam grandões no primeiro álbum, “Mid Air”. A faixa que abre o disco confirma uma tendência de 2023, rappers escrevendo música de rock. “tenTHIRTYseven” talvez seja o rock mais legal do ano. No mínimo, o mais sacolejante. 

Danger Mouse é tão do futuro que, após lançar lá em 2003 “Ghetto Pop Life” com seu parça Jemini, fez uma sequência para o inovador álbum e engavetou a ideia por 20 anos!!! O bagulho era tão refinado que lançado, finalmente, em 2023, você não vai acreditar na história. Parece feito hoje cedo. Música quentíssima. Como pode?

Ainda na linha do hip hop de vanguarda, vale parar para escutar o trampo do Shabazz Palaces, criação de Ishmael Butler. “Binoculars” é daquelas músicas tão soltas que é difícil que ela cole imediatamente na sua cabeça, mas está ali um trabalho delicado daqueles que vai influenciar dezenas de artistas. Inclusive, visualmente. Na capa de seu futuro álbum, ” “Robed in Rareness”, que “desce à Terra em outubro”, Ishmael aparece com duas cobras na coleira. Se nenhum animal foi feriado para a foto, fica como boa metáfora sobre controlar o perigo da criatividade. 

Vem disco novo do The Kills por aí! A banda, que já tinha soltado dois singles, anunciou “God Game” para o fim de outubro. Junto com o anúncio veio mais uma música nova de Alison Mosshart e Jamie Hince. “103”, que traz o melhor do duo: vocais poderosos com aquela guitarra que não se decide entre fazer às vezes de baixo ou cuida dos “barulhinhos” da música. Discão à vista. 

E The Kills lembra The Killers, pelo menos no nome. E a banda que vai se apresentar por aqui em breve no Primavera – para irritação de muitos e para a alegria de muitos que vão berrar “Mr. Brightside” junto com os irritados que vão estar escondidos por lá – resolveu soltar um singlezinho do nada. “Your Side of Town” tem uma pegada tão clássica em sua essência que parece um cover de alguma coisa perdida do Depeche Mode ou do New Order. Sério. É difícil acreditar que essa música não é de 1986. Provavelmente isso tem muito a ver com o retorno da parceria com o produtor Stuart Price, mestre nesse tempero pop nostálgico. 

Lembra quando todo mundo amava Beirut, o projeto/banda de Zach Condon? A gente tem lembranças um pouco amargas – a banda cancelou vindas (DUAS) no Popload Festival e tudo. Mas continuamos simpáticos ao som de Zach, que escreveu o novo álbum do Beirut aproveitando as poucas horas de luzes disponíveis em sua passagem pela Noruega. Um pouco desse cenário diferenciado escapa na bonita “So Many Plans”. 

Faz dez anos que Miley Cyrus revirou a carreira com o polêmico “Bangerz”, álbum onde desmanchou de vez sua persona Disney/country para rebolar, fumar e chocar expectativas. É sobre esse momentos, alguns de que orgulha e de outros que se arrepende, que Miley reflete ao piano 

Fora a notícia de que teremos Karen O e companhia no The Town, a loucura ficou ainda maior com o anúncio da presença da banda nova-iorquina em um show solo no Cine Joia, que esgotou em tempo recorde. Está todo mundo empolgado assim. E qual será a vibe? Mais nostálgicos ou atentos ao álbum novinho da turma da Karen O? A gente gostou legal de “Cool It Down”, primeiro disco deles em muito tempo. Dá um chance, se ainda não te pegou. “Burning” é comparável a muitos clássicos do Yeah Yeah Yeahs nos anos 2000. 

E já que falamos do The Town, sabiam que entrevistamos as meninas do Wet Leg e publicamos tudo na chique revista fashion “Numéro”? O textinho veio para a Popload para sua apreciação. O hype é real! Estamos pronto para ver elas ao vivo semana que vem, em Curitiba e no The Town em SP. Que momento! 

***

* Na vinheta do Top 10 Gringo, a cantora Ashnikko.
** Este ranking é pensado e editado por Lúcio Ribeiro e Vinícius Felix.

MITSKI – horizontal miolo página
MITSKI – inner fixed
INTERPOL – inner fixed mobile