– Foi ao ar há algumas horas uma session que a fofa Beabadoobee, inglesa de família filipina, fez para a excelentíssima rádio americana KEXP, de Seattle. A garota, 22 anos, tocou três músicas de seu mais novo álbum, “Beatopia”, seu segundo disco, lançado em julho do ano passado. Foram as músicas “Talk”, “Don’t Get the Deal” e “The Perfect Pair”. Quase 25 minutos de Beabadoobee na KEXP, dez deles conversando com a hostess da session, a Evie, em session gravada em novembro, quando ela estava fazendo shows por aqueles lados dos EUA.
– Deve dar um nó na cabeça dos indies mais novos, mas a Inglaterra já teve sua bossa nova. Com pegada indie, vamos assim dizer. Bandas como Style Council e Everything but the Girl, que nos anos 80 encheram de… bossa… o pop britânico, o que significou dizer que os grupos diminuíram a velocidade da new wave da época com romantismo e um toque jazzístico. E eram, por assim dizer, grandes na cena. Tudo na cadência da nossa bossa nova mesmo. A musa Sade, por exemplo, gigantesca, engrossava esse caldo rítmico. Pois bem, essa introdução é para dizer que o Everything but the Girl, do duo Tracey Thorn e Ben Watt (foto na home), ela vocalista e guitarrista, ele produtor e todo o resto. Desde o último show de 2000 a dupla não dava as caras. E agora, 23 anos depois, retornam para anunciar que lançaram um single novo bem legal e classudo há algumas horas, “Nothing Left to Lose”, mais para a dance music. E mais: têm álbum novo pronto a ser lançado em abril, chamado “Fuse”, e possuem sérios planos de sair em turnê agora em 2023. Vamos por partes no choque da notícia: primeiro o single novo.
– Li no “NME”, que pegou da revista “Classic Rock”. Dono do mais badalado disco novo deste ano (ok, estamos ainda no dia 10 de janeiro), o punk eterno e “clássico” Iggy Pop, que na sexta passada lançou seu 19º álbum, “Every Loser”, o roqueiro lembrou em entrevista uma conversa com uma “senhora do Grammy”, pelo telefone. Em 2020, ele foi procurado pela organização do prêmio, que queria dar a Iggy a láurea “Lifetime Achievement”, sobre o conjunto de sua obra desde os Stooges. Primeiro ele tinha dito para seu manager, segundo a “Classic Rock”: “O Grammy fica querendo falar comigo. Eu não quero falar com eles. Odeio aquelas pessoas. Querem me colocar em exibição no museu deles, algo do tipo”. Depois continuou: “Aí finalmente falei com uma senhora do Grammy uns meses depois. Ela disse sobre a premiação do ‘Lifetime Achievement’. Disse que sem mim não haveria Lil Nas X nem a Billie Eilish. De acordo com a mulher, eu era o link direto para os artistas que estavam no topo da premiação naquele ano. Olha os papos”. Iggy Pop é muito gênio.
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* A foto do duo britânico Everything but a Girl, que ilustra a home da Popload na chamada para este post, é de Edward Bishop.