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Fomos ao Nordeste para ver o que rola numa das paragens indies mais peculiares da CENA brasileira: a de Fortaleza. O MAPA DO ROCK da Popload, que tem apoio da GOL Linhas Aéreas Inteligentes, chega em sua terceira edição à capital do Ceará. As movimentações indies de Belo Horizonte, a primeira, e Porto Alegre, na sequência, foram as duas primeiras.
O MAPA DO ROCK é uma seção fixa da Popload que pretende mapear a #CENA de algumas das principais cidades brasileiras. As bandas locais de destaque, seus principais palcos, os bares que apoiam a música, os festivais e festas que movimentam a coisa toda, os agitadores que fazem tudo acontecer, as apostas indie e, já que estamos in loco vendo a #CENA com os próprios olhos, algumas das nossas dicas do que fazer, onde comer, o que visitar e, principalmente, POR QUE ir até lá.
Fortaleza: população de 4 milhões de habitantes na área metropolitana (2016), a sexta mais populosa do Brasil. Estimativa de público no último festival Ponto.CE: 1500 pessoas/dia.
Talvez a maior referência musical independente de Fortaleza venha, num primeiro momento, com o famoso “Pessoal do Ceará” dos anos 70, que projetou a capital e o Estado musicalmente no cenário nacional, numa espécie de lado B da MPB vigente, em um movimento que tinha, entre outros, Fagner, Ednardo, Belchior e Teti. Se essa galera ou parte dela chegou ao mainstream da música brasileira, fomentou o surgimento de mais cantores e até bandas em Fortaleza, nos anos que se seguiram. Como Fernando Catatau e Régis Damasceno, que no fim dos anos 80 começaram a banda Companhia Blue, para uns dez anos depois formarem o grande patrimônio indie-MPB que Fortaleza deu ao Brasl nos últimos 20 anos, a banda Cidadão Instigado, uma espécie de rock de resistência de sonoridade própria, que botou o guitarrista Catatau como grande figurinha carimbada em bandas de cantores e cantoras da cena brasileira geral, de Otto a Céu. Por “detrás do Cidadão”, antes até, do lado das guitarras, uma articulação forte de bandas independentes dominou Fortaleza por volta de 1994, caminhando junto com uma forte cena heavy metal que nascia. Disputando um pequeno espaço com as numerosas casas de forró, essas bandas tinham poucos locais para se apresentarem. Mas ainda assim a cena indie da época forjou bandas que até hoje são bem reconhecidas localmente, como Dago Red, Dead Poets e Velouria. Entre 2000 e 2006 apareceram casas icônicas na cidade, que alavancaram muito a cena indie: Universal Sport Bar, Ritz Café, Noise3d Club e Hey Ho Rock Bar fizeram a agitação do celeiro de bandas de Fortaleza, da qual saíram nomes como Montage, Café Colômbia, Kohbaia, 69% Love, Red Run, Silenzio, Plastique Noir, Marie Poppins. Esse cenário deu uma esfriada com o fechamento dessas casas todas. De 2016 para cá, é como se a cena indie de Fortaleza começasse do zero, renascendo em meio às demandas da nova geração, que faz Fortaleza dançar a seu sabor, no caso ao sabor do trap, funk e sertanejo pop. Mas, graças a festas resistentes, festivais peculiares e selos guerrilha, a cena indie voltou a mexer com uma parte considerável da cena de guitarras de Fortaleza e fizeram algumas casas novas abrirem para apostar nas bandas independentes locais. Alguns estúdios de gravação estão promovendo também ensaios abertos para o público. Shows são organizados ao ar livre, com a iniciativa de ocupação dos locais públicos da prefeitura de Fortaleza. A Fortaleza indie se mexe novamente.
Nafandus
Malditus Remanis
Subcelebs
Swan Vestas
Terceiro Olho de Marte
Pulso de Marte
Capitão Eu e os Piratas Vingativos
Intuición
Rocca Vegas
Siege of Hate (S.o.H.)
Camila Marieta
Caike Falcão
Mad Monkees
Lilt
Sulamericana
Ramonna
Cocaine Cobras
Jack the Joker
Inerve
Black Dropfalls
Vitor Colares
Intuición
* Salão das Ilusões *
r. Coronel Ferraz, 80 – Centro
O lugar é uma oásis multicultural no Centro de Fortaleza. Além de manter a cena independente local viva, a casa abriga um restaurante, um café, um brechó, um cabeleireiro e um espaço para tatuagem. Lá acontecem workshops, oficinas, exposições fotográficas e tem à venda roupas legais feitas por pequenos estilistas locais.
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* Casarão Benfica *
av. Carapinima, 1884 – Benfica
O casarão tem abrigado muito dos shows de bandas autorais da cidade. É sede ainda de um dos eventos mais importantes da nova cena de Fortaleza, o Festival Fortaleza Cidade Marginal. Localizado em um bairro tipicamente universitário, com uma carência de bons eventos, tem chamado a atenção inclusive por fugir também do tradicional eixo de casas localizadas no centro cultural e de baladas Dragão do Mar. É famoso ainda por ter intervenções de poetas e performers de diversas expressões culturais mostrando seu trabalho durante os eventos musicais.
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* Berlinda Club *
Rua Dragão do Mar, 198 – Centro Dragão do Mar
A casa é bem nova, começou a funcionar em outubro de 2015, e tem sido um dos palcos para a cena indie da cidade. Vem abrigando vários eventos de produtores independentes e shows de artistas nacionais (Zimbra, Plutão Já Foi Planeta e Pélico são alguns que tocaram lá recentemente). Localizada no Centro Cultural Dragão do Mar, tem as festas mais indie/rock da cidade, entre elas a Fliperama, a Nnao Sou Hype e a On Fleek. E as da cena eletrônica underground também: Technoptopia, BPM e a Bass. Tem feito intercâmbio com festas de outras cidades: a Rocknbeats (de SP), a Paranoid (do Rio) e a Black Baile (Brasília) já rolou por lá. Aos domingos, em parceria com os selos Musicoletiva e/ou Banana Records, promove as matinês, atraindo um público mais novo para a casa.
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* Let’s Go Bar *
r. Almirante Jaceguai, 219 – Centro Dragão do Mar
Outra casa do Centro Cultural Dragão do Mar, que fica entre o Centro e a Praia de Iracema. Palco dos principais shows na cidade atualmente. Acomoda cerca de 600 pessoas e possui uma programação com grandes bandas e artistas nacionais. Cícero, Silva, Mundo Livre S/A se apresentaram por lá dia destes. Os gringos CJ Ramone e Millencolin também.
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* Boozers Pub *
r. Carlos Vasconcelos, 834 – Aldeota
Um dos pubs mais frequentados de Fortaleza, fora do Dragão do Mar, localizado em área nobre da cidade. Tem sua programação 100% voltada para o rock, velho e novo. Ela começa na quarta com o projeto Lado D (Mixtape), de indie rock. Nas quintas, rola um quiz sobre rock, com premiação de cervejas, drinks e voucher de consumação para quem fica no “pódium”. E o karaokê, com muito rock tradicional, indie novo e outras baguncas, que premia os melhores e piores cantores da noite. De sexta a domingo o palco é ocupado por bandas indies da cidade.
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* Bar Lions *
r. General Bezerril, 356-472 – Centro
Localizado na Praça dos Leões, um dos locais mais tradicionais da cidade, o Lions é um bar e restaurante de dois andares em prédio de 1914 que recepciona a juventude fortalezense quase todos os finais de semana. Na parte de cima fica o Home Less, que funciona com shows de bandas de diversos gêneros e performances.
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* Mambembe*
r. dos Tabajaras, 368 – Praia de Iracema
O “sobrenome” do Mambembe, Comida e Outras Artes, diz tudo. Vai da caranguejada e o delicioso sanduíche de costela à concentração do melhor da arte cearense contemporânea e das festas e shows da música independente.
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* Amici’s Bar *
r. José Avelino, 349 – Centro Dragão do Mar
Casa mais eclética da cidade, vai do samba ao rock e MPB em sua programação semanal. Palco de bandas como Eddie, Otto e Tereza Cristina, já recebeu shows de Boogarins, The Baggios, O Terno, Far From Alaska e Aldo The Band, entre outros.
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* Orbita Bar *
r. Dragão do Mar, 207 – Centro Dragão do Mar
A casa de shows mais tradicional de Fortaleza já abrigou muito das bandas locais em seu palco e trouxe bastante dos shows internacionais do cenário indie para a cidade. Já apostou bem mais em bandas da cena de Fortaleza e de uns tempos para cá passa por mudanças em sua programação para atender gêneros mais comerciais, por questões de sobrevivência temporal. Mas de vez em quando escapa algo indie por lá. Tem a melhor estrutura e vários ambientes, em alguns casos funcionando com até três festas diferentes na mesma noite.
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* Boozers Pub *
r. Carlos Vasconcelos, 834 – Aldeota
Casa já citada acima. Quatro de tipos de hambúrgueres da casa, inspirados em filmes ou seriados, fazem a alegria da galera faminta. Carta de cerveja com muitos rótulos que estampam nomes de bandas de rock nacional/internacional.
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* Bulls *
r. Gustavo Sampaio, 800 A – Parquelândia
Espaço recém-inaugurado na cidade, o Bulls tem sua decoração (balcão, mesas, cadeiras, a música) inspirada nos pubs americanos e ingleses. O bar também promove transmissão da liga de futebol americano, o que o transformou em ponto de encontro da galera inclusive às segundas-feiras. Petiscos tex-mex, cervejas artesanais, drinks e destilados estão no cardápio da casa.
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* Barneys *
r. Dona Maria Tomásia, 740 – Aldeota
Uma das hamburguerias mais conhecidas da cidade, desde de 2011. Tem 14 opções. Além deles, são oferecidos entradas, saladas e pratos como a barbecue ribs, hot wings e várias opções de hot-dogs. As opões de cervejas também são fartas. O Barneys possui vários endereços na cidade.
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* Buoni Amici’s Pizzaria*
r. Dragão do Mar, 80 – Centro Dragão do Mar
É considerada a pizza campeã na cidade. Tem a Pizza Belchior, montada pelo cantor que morreu recentemente e era cliente da casa. E tem a Pizza Verde, vencedora da Copa da Pizza, em São Paulo, que elegeu “A Melhor Pizza do Brasil”.
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* Blue Door *
r. Joaquim Nabuco 1333 – Aldeota
O pub com inspiração holandesa (tem Guinness!!) abriu há seis meses, mas apesar de novo tem caído no gosto da galera com uma velocidade surpreendente. São dois ambientes: um fechado com a iluminação baixa e rock bombando e um rooftop a céu aberto para a galera conversar. Além de ter hambúrgueres “handmade” e boa carta de cervejas, as melhores bandas de Rock do Ceará passam por lá.
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* Hey Ho Beer Pub *
r. Nunes Valente, 1247 Aldeota
Inaugurado recentemente, o nome remete ao Hey Ho Rock Bar, casa da antiga cena roqueira de Fortaleza, que fechou tem alguns anos. Os proprietários da velha casa noturna agora apostam em um pub de cerveja artesanal, mantendo o rock na sonoridade do lugar. Não faz muito tempo, o bar inaugurou uma cãmara fria com 12 tipos de chope.
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* Mar Menino *
av. Barão de Studart, 1043 – Aldeota
Quando a cena de Fortaleza quer gastar um pouquinho, vai nesse delicioso restaurante da hoje bombada Aldeota, criado pelo ex-publicitário Léo Gonçalves. Comida nordestina repaginada em direção à culinária moderna, pratos lindos e saborosos. Tem opções executivo no almoço que valem bem a pena ($$). Boa música ambiente e com uma programação variada em algumas noites, como as das terças, embaladas pelo projeto Batida Fina, de jazz, samba e grooves.
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A cena independente de Fortaleza, assim como a de muitas outras capitais do país, vive um momento de transformação profunda, tanto em relação aos gêneros que tomam conta das festas e palcos locais como também pelos nomes que assumem o protagonismo das movimentações da região, fenômeno intimamente ligado também ao choque geracional. // Entre 2002 e 2007, espaços como Hey Ho Rock Bar e Noise3d Club assumiram o papel de casas rock da região, agrupando as principais bandas e produtores do estilo na cidade. Atualmente, a cena de rock alternativo e, principalmente, de produção cultural independente está muito mais fragmentada e organizada para ocupar novos espaços e criar estruturas fora das casas de eventos já conhecidas de Fortaleza. // São iniciativas como o festival FORTALEZA CIDADE MARGINAL (imagem acima), que reúne bandas locais, feira de zines, gastronomia e muitas outras expressões culturais em um só dia, tudo isso sediado na Casa Benfíca, na verdade um lugar de baladas funk e pop, mas que também abre as portas para eventos indies fora da sua agenda fixa. // Derivado do Fortaleza Cidade Marginal, a festa GARANTIA DE ALEGRIA também reproduz uma fórmula semelhante a de seu parceiro de produções, mas garante a rotatividade de bandas regionais através de um formato mais compacto. // Enquanto novas festas independentes surgem, outras baladas cultuadas da cena acabam tendo que repensar os seus modelos por conta das fortes mudanças do público consumidor. A clássica FLIPERAMA é uma delas. Festa indie de Fortaleza que iniciou as suas atividades no ano de 2004 e, desde a sua fundação, já passou por diversos clubes da capital, de Órbita Bar, Buoni Amici’s e Acervo Imaginário até o seu mais recente espaço, o Berlinda Club. A noite indie, mesmo depois de duros golpes das fortes investidas do sertanejo, funk e trap, se mantém viva, passando por um momento de se adaptar à demanda e de se apoiar em um passado de glórias, que já atraiu mais de 1,2 mil pessoas a uma de suas edições e que levou até Fortaleza para discotecar nomes como o da lenda Kid Vinil. // Uma festa bem nova, a On Fleek, que foi criada em março deste ano, está dando ar fresco ao consumo indie dos fortalezenses. E não só. Criada pelo combo formado por Aguirre, Lara, Nina e Soraya, a festa engloba pop e rock clássico, de Ace of Base a The XX, de Kim Carnes a M.I.A., e é incrementada por experiências audiovisuais. É realizada no Berlind Club. // Totalmente oposto às festas com música eletrônica ou medalhões do indie internacional, a TURMA DO CANTEIRO é responsável por organizar inúmeros festivais focados na música underground de Fortaleza, principalmente nas vertentes mais pesadas e políticas. O evento chegou a sua 12º edição em 2017 e é conhecido por reunir bandas que transitam entre o hardcore e o metal. // Também pautado pelo rock mais rápido, sujo e pesado, um forte pilar da cena independente de Fortaleza, o selo DENTE PÔDI RECORDS é “acusado” de agrupar e distribuir lançamentos de grindcore, noisecore e hardcore, principalmente em vinil e fita k7, uma movimentação que não raro tangencia a cena indie de Fortaleza. // Ao lado desses coletivos de gente-que-faz está o selo BANANA RECORDS, conhecido nacionalmente por sua forte atividade na nova cena de selos globalizados espalhados pelo país. O Banana foi responsável por popularizar diversas bandas do movimento “Rock Triste” (Gorduratrans, Fabio de Carvalho, Amandinho e outros) em Fortaleza e também por conectar a região com cenas de outros estados, criando vínculos fortes com gravadoras, selos e bandas do Nordeste até o Sul do país e realizando eventos importantes para a cidade. Sua forte movimentação cultural tem como foco principal as bandas locais lo-fi e também dá voz para expressões artísticas periféricas de Fortaleza, assim como abre espaço para bandas e produtoras mulheres e LGBT. // Participando de parte desses movimentos, a BOLDO é um coletivo, produtora audiovisual e de eventos que fomenta o desenvolvimento de música na capital, oferecendo inclusive oficinas. Trabalha também como estúdio de gravação produtora e coletivo artístico. // Outro nome importante da cena de Fortaleza, o MOCKER é um dos principais projetos em criação da movimentação independente local, desenvolvendo trabalhos audiovisuais para bandas, cartazes e identidades visuais para festas e shows, além de gravar e produzir alguns nomes do cenário cearense e promover encontros mensais com grupos, produtores, jornalistas e público. Na frente de tudo isso está o casal Alinne Rodrigues e Igor Miná, que ainda arrumam tempo para terem uma banda, a citada SUBCELEBS (https://www.facebook.com/subcelebs/). // Além de selos, coletivos e festas, Fortaleza também tem centros culturais que oferecem estrutura para eventos de todos os tipos, sendo um dos maiores e mais democráticos o CENTRO CULTURAL DRAGÃO DO MAR (foto abaixo). O espaço, nacionalmente conhecido, já abrigou eventos de música instrumental, peças de teatro e festivais de grande porte como o grandioso MALOCA DRAGÃO, em que o centro cultural abriga alguma das atividades que acabam se desmembrando em outros espaços da região. // O festival PONTO.CE, que com 10 anos de estrada já trouxe show de vários artistas nacionais e internacionais para mesclar com bandas locais. Estreou ano passado um novo formato, com shows acontecendo mais cedo nos palcos do Berlinda Club e do Let’s Go, e à noite ganhando sua edição grande no anfiteatro Dragão do Mar. // Um livro sobre o rock de Fortaleza, desde o surgimento das primeiras bandas da cidade nos anos 60 até 2010 está sendo escrito nos moldes da história oral “Mate-me por Favor”(“Please Kill Me”), através de mais de 150 depoimentos com personagens das cenas de cada década. A obra tem o nome provisório de “50 Anos do Rock em Fortaleza”, é organizado por George Frizzo e tem previsão de lançamento para 2018.
* Ricardo Ferreira e Ronaldo Ferreira
Os irmãos gêmeos (acima) que comandam juntos a banda Old Books Room, um dos destaques da cena de Fortaleza atual, também juntos fazem parte do Musicoletiva (oito grupos de música autoral da cidade que se uniram para criar eventos alternativos e à tarde, visando criar público para a cena local) e do projeto Circuladô (trabalha para construir um circuito de shows para músicos independentes do Ceará, até na criação e ocupação de novos palcos). Os Ferreira bros estão ainda à frente de um programa de rádio importante para tocar as bandas da cena de Fortaleza, o Mutante Radio.
* DJ Marquinhos
Uma das figuras off-banda mais marcantes da cena de Fortaleza, o DJ multifunções Marquinhos, também criador e produtor de eventos, colecionador de vinil e restaurador de toca-discos, consegue viver unicamente de seu trabalho de discotecagem em lugares variados da cidade. Às terças, começa a jornada na cidade ao som de jazz americano e brasileiro, com o Batida Fina, projeto semanal residente no badalado restaurante O Mar Menino. Ainda durante a semana assume outras residências em bares como o Blue Door. É um dos DJs mais atuantes do Nordeste e a diversidade de projetos em que está envolvido em Fortaleza reflete não só o ecletismo mas a experiência de 19 anos de carreira, com apresentações em vários festivais e festas pelo país. Aos 39 anos, Marcus Antonius Alves Ribeiro diz que sua ligação com a música começou cedo, como filho de colecionador de LPs de MPB, depois como baterista de bandas de rock, vendedor de loja de discos e DJ.
* Nanda Loureiro
Uma das pessoas mais “rodadas” da nova cena indie musical de Fortaleza tem 18 anos HOJE. Daí você tira com quantos anos ela já frequentava, de um jeito ou de outro, casa de shows e bares de música para se tornar hoje o ícone teen de uma cena adulta (ou quase) e batalhadora, como a de Fortaleza. OK, desde os 14. Nanda Loureiro é “apenas” produtora cultural, assessora de bandas, dona de selo e ativista com belo serviço prestado desde o Nordeste para a causa “mulheres na música”. É uma das criadoras do importante selo Banana Records (ver Movimentações da Cena Fortalezense, acima), já com forte representatividade na cena indie nacional, e é ligada ao selo feminino-feminista PWR Records, junto com Hanna e Letícia de Recife, que procura dar suporte aos lançamentos de discos que envolvam mulheres nas bandas ou projetos-solo, além de ajudar na criação e venda de merchandising. Contribuiu também na criação da lista “Girls Band BR”, que mapeia a presença feminina na música independente brasileira.
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A Popload agradece muito: Dado Pinheiro, Nanda Loureiro, Ninive Santiago e Afonso de Lima. A maior parte das fotos deste mapa é de Yago Resende.
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* O Mapa do Rock é um projeto da Popload em parceria com a GOL Linhas Aéreas Inteligentes.
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