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Enfim está entre nós o aguardadíssimo “American Dream”, simplesmente o novo álbum do amado LCD Soundsystem, banda essencial de 10 entre 10 fãs de música boa, patrimônio histórico da música alternativa moderna, que já tocou em eventos como Popload Gig e residência no Madison Square Garden, se matou porque perdeu “seu edge” e reviveu anos depois, para nossa alegria.
Puxado pelos singles “Call The Police” e o que dá título ao projeto, “American Dream” tem 10 faixas inéditas e fará a banda de James Murphy viajar pelo mundo, com parada obrigatória no Brasil para o Lollapalooza 2018, lá em Interlagos.
A notícia “ruim” no meio desse boom de alegria todo é que o disco foi o último a ser gravados no estúdio original da mitológica DFA Records, um dos selos mais legais do mundo desde a explosão do novo rock, no comecinho dos anos 2000, capitaneado pelo próprio Murphy.
O prédio onde funcionava a DFA e a Plantain Recording House, um estúdio em um porão, estava à venda desde maio de 2016 e foi comercializado por cerca de 16 milhões. O espaço, onde Murphy trabalhou e revolucionou o (nosso) mundo por 20 anos, e gravou os três álbuns anteriores do LCD Soundsystem, também foi palco para gravações de bandas como Hot Chip e Holy Ghost!.
Vale lembrar que DFA Records enquanto selo teve um papel fundamental nessa explosão indie do novo rock, com epicentro em Nova York, quando por volta de 2001 os Strokes surgiram gritando “Last Nite”, enquanto do outro lado da ponte o Rapture, com single lançado pela DFA, berrava nas pistas a bombástica “House of Jealous Lovers”. De lá para cá, com os álbuns do LCD Soundsystem, singles do Juan Maclean e produção-coletâneas-remixes de gente como Le Tigre, Soulwax, Hot Chip, Chemical Brothers, Radio 4, entre muitos outros, a DFA fez do mundo indie dance um lugar incrível para se viver, nos oferecendo agora “American Dream”, que pode ser ouvido na íntegra abaixo.
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