Com novos discos, PJ Harvey, ANOHNI e Taylor Swift oferecem um dia nobre para a música pop e para as mulheres

Já faz algum tempo, a indústria musical se alinhou e estabeleceu a sexta-feira como dia oficial de lançamentos de discos mundo afora. E a coleção desta semana destaca três mulheres, cada uma no seu quadrado musical, com obras interessantes para rodar em nossas caixas de som e fonezinhos ao longo do final de semana.

A deusa PJ Harvey, por exemplo, chegou chegando com “I Inside the Old Year Dying”, o seu primeiro álbum em sete anos, com produção assinada pela dupla fodona Flood e John Parish. O disco tem 12 faixas e é puxado pela ótima “I Inside the Old I Dying”, que é uma espécie de diretriz do conceito sonoro do projeto como um todo, que é um compilado de temas como amor, morte e ressurreição.

“I Inside the Old Year Dying” tem como ponto de partida o poema “Orlam”, escrito pela própria cantora, que resolveu improvisar em cima de sua própria arte com sua dupla de produtores. “Acho que o álbum é sobre pesquisar, olhar a intensidade do primeiro amor e buscar um significado. Não que tenha que haver uma mensagem, mas o sentimento que recebo do disco é de amor. Ele é tingido de tristeza e perda, mas é no fim das contas é amor. Acho que é isso que o torna tão acolhedor e tão aberto”, resumiu a cantora.

Continuando nas fronteiras da música alternativa, quem também abrilhantou o dia de hoje foi a talentosa e empoderada ANOHNI. Há alguns dias, mostramos por aqui o single “Why Am I Alive Now?”, que alcançou o topo do nosso Top 10 Gringo, também pelo fato de estar no primeiro disco dela, hoje mulher trans, com seus The Johnsons em mais de uma década.

“My Back Was a Bridge for You to Cross” é o nome do novo projeto da banda, que chacoalhou o mundo indie com o hit “Blind”. O álbum foi apresentado em premiere ontem, no YouTube, em uma live feita pela ANOHNI. Hoje, ganhou lançamento oficial. São 12 faixas novinhas mostrando que ela continua sendo uma das vozes mais poderosas e representativas da música moderna. Essencial da primeira até a última linha.

Para fechar a tríade girl power dos discos desta semana, a princesa do pop, Taylor Swift, (re)lançou seu aguardado “Speak Now (Taylor’s Version”, a terceira de suas releituras para discos que saíram no início da sua carreira, que servem não apenas como um novo processo criativo da cantora em um novo estágio de vida, mas também para que ela tenha mais controle sobre sua própria obra.

O novo projeto conta com 22 faixas no total, sendo seis delas inéditas, e tem as participações de Fall Out Boy e Hayley Williams, do Paramore. “Speak Now” foi lançado originalmente em 2010, naquela época o terceiro disco de Taylor. “As canções que surgiram naquela época da minha vida foram marcadas por sua honestidade brutal, confissões de diário não filtradas e melancolia selvagem. Eu amo este álbum porque conta uma história de crescer, se debater, voar e cair. E viver para falar sobre isso”. Os outros álbuns relançados pela cantora, em 2021, são “Fearless” e “Red”. E, em algum momento, outras releituras virão.

Taylor estará no Brasil para seis shows badaladíssimos de sua atual The Eras Tour no Rio de Janeiro e São Paulo – três em cada cidade – no final de novembro.