CENA: Você conhece a Dom La Nena, a violoncelista indie gaúcha? Os gringos conhecem (até na China)

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Em 2015, a gaúcha Dominique Pinto, conhecida artisticamente como Dom La Nena, 27 anos, fez CENTO E DEZ shows. Só UM no Brasil.

Violoncelista de carreira encantadora, porém algo desconhecida em seu país, ela continuou suas turnês pela Europa e EUA em 2016. Neste ano, entre CEM apresentações internacionais, tocou até na China, três vezes. Isso na semana passada!!!

E, veja você, nossa chance chegou. Dom La Nena se apresenta nesta sexta-feira (23) e sábado (24) no topo do edifício Martinelli, no centrão de São Paulo, como atração do Mês da Cultura Independente. Faz parte do projeto Música nas Alturas. Há dois anos a moça não toca na cidade. Há quase dois anos ela não toca no Brasil!!

Dia 30 de setembro agora, Dom La Nena vai lançar seu próximo trabalho, o EP “Cantando”, com a menina interpretando de Lupicínio Rodrigues a Beirut. O disco é todo produzido por ela mesmo. A responsabilidade de gravação e mixagem é do francês Maxime Le Guil, que tem trabalhos assinados com Morrissey, Soko e Christine & The Queens.

Os raros shows de Dom La Nena no Brasil, estes de SP, serão guiados, na real, pelas músicas de seu segundo disco, “Soyo”, do ano passado, álbum produzido pelo hermano Marcelo Camelo
Mas aqui tem um preview animado com Dom La Nena tocando “Scenic World”, do adorado grupo Beirut, que vai estar em seu próximo EP.

A gaúcha Dom La Nena, que canta em português, inglês, espanhol e francês, tem uma carreira absurda e internacional que começou aos 10 anos, quando ela diz já ter sabido que queria ser uma violoncelista.

Para resumir bem (já contei essa história dela no ano passado, na revista “Harper’s Bazaar”), na verdade Nena despertou para música, no Sul, aos 4 anos, quando foi levada a estudar “musicalização”, um trabalho que desperta os sentidos musicais em criancinhas. Aos 5, aprendeu piano. Aos 8, encanou no violoncelo. Com 13, foi morar na Argentina, sozinha, porque uma “deusa do cello”, a americana Christine Walevska, que dava aulas em Buenos Aires, aceitou a brasileira como aluna.

Daí foi morar em Paris e tocar a carreira. Aos 18, engrenou. Seu primeiro disco, “Ela”, foi lançado em 2013 nos EUA e na Europa (não tem edição brasileira). No paralelo, fez pequenos shows esgotados na França, porque, antes de lançar o álbum de estreia, já tocava para a renomada cantora/atriz francesa Jane Birkin, sex symbol dos 70 e ex-mulher de Serge Gainsbourg, que de tão impressionada com Dom a deixava fazer concertos de abertura.

No ano passado, cada vez mais MPB “de exportação”, lançou seu segundo disco, Soyo, cantando em português, espanhol e inglês, com produção de Marcelo Camelo, este sim lançado no Brasil. Logo sua fama se espalhou mais e passou a fazer shows sold-out também nos EUA.

A conceituada revista de alta-cultura “New Yorker” falou sobre suas virtuosidades: “Dom atrai tocando como se estivesse fazendo uma mágica habilidosa. Cada música soa sagrada”.

Depois destes shows em São Paulo, no Martinelli, Dom La Nena se manda para Europa para grande giro francês e ainda shows na Áustria, Portugal e Lituânia. Brasil mesmo, só em dezembro. Talvez.

São Paulo, nesta sexta e sábado, é o endereço para pegar esse doce fenômeno indie. Porque depois…

** As fotos da Dom La Nena desta página e da home da Popload são de JEREMIAH.

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