CENA – Vitor Araujo e Arnaldo Antunes levam suas lágrimas ao museu e à TV

Unindo performance, artes visuais e poesia, o pianista Vitor Araújo e o conhecidíssimo cantor e compositor Arnaldo Antunes chegaram agora à TV com seu arrojado projeto “Lágrimas no MAM”, show do disco que teve residência ao vivo espalhado pelas dependências do Museu de Arte Moderna de Salvador, Bahia, em 2023. O álbum, “Lágrimas no Mar”, saiu em 2021.

Em uma série em cinco partes, a passar sempre no canal BIS às quartas-feiras, indo parar no Globoplay na sequência, o “Lágrimas no MAM” teve seu primeiro episódio exibido na semana passada. Até o dia 9 de outubro estará completo..

Os shows do MAM, para Vitor, eram o momento perfeito para gravar a performance, porque “foi um conceito que foi ganhando corpo a cada vez mais que a gente repetia as músicas, porque tem um grau de abertura para a improvisação muito grande, já que só sou eu e Arnaldo. Então, quando a gente chegou para gravar no MAM, já estava muito maduro”.

“E surgiu a oportunidade de fazer na Capela do MAM, quando achávamos ainda que seria só um show a ser filmado. Antes do convite do Daniel de ocupar outros espaços do museu e isso se tornar uma série”, completou Arnaldo.

Quando surgiu a ideia do então curador do museu, Daniel Rangel, para uma ocupação de 15 dias passando por várias áreas do MAM, Arnaldo e Vitor enxergaram a oportunidade não só de explorar suas músicas em novos formatos mas de unir elementos da exibição que o titã estava fazendo no Museu como parte da exposição “Utopias e Distopias”.

Com uma vibe meio “Stop Making Sense”, o histórico filme que capturou icônico show da banda americana Talking Heads em 1984, você pode ver de perto as performances da dupla em diversos espaços do projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi. Mas com um plus.

Ter uma experiência de residência artística em um espaço que é tradicionalmente dedicado às artes visuais, para Vitor, levou a dupla para “uma expansão dos universos, dos horizontes do que pode ou não ser música. Já no primeiro episódio, aparecem duas peças que eu criei por causa dessa residência”.

Ao longo dos episódios, você pode acompanhar também as diferentes manifestações artísticas pelas quais Araújo e Antunes se aventuraram no desenvolvimento da residência, indo desde a conexão de Arnaldo e sua família com a Bahia às inspirações de Vitor para suas composições.