CENA – Show da Gal Costa no Coala Festival sintetiza o status quo da MPB e dos festivais no Brasil

A promessa de entregar a maior e melhor edição do Coala Festival foi cumprida em 2022.  Pela primeira vez num formato de três dias, o evento, que aconteceu de sexta a domingo últimos, reuniu uma escalação com 34 shows e sets de alguns dos maiores cantores, bandas e DJs do país. Novos e “clássicos”.

Fica difícil destacar uma performance especial. O mais justo seria fazer recortes da abrangência da MPB que o festival mostrou neste ano, para exemplificar o que foi a edição deste ano. Por exemplo, na tarde/noite de domingo, o Coala enfileirou Marina Sena, Rodrigo Amarante, Black Alien e Maria Bethânia, na sequência. A cantora mineira novinha e “da moda”, o roqueiro carioca solo, um dos mais destacados rappers do Brasil e uma deusa da música brasileira fazendo seu debut em um palco de festival ali numa noite fria de São Paulo.

O epicentro do festival, talvez, aconteceu no fim da segunda noite. O momento de união, o momento inédito, a promessa entregue. 

Existia uma expectativa, sempre há, mas quando Gal Costa entrou no palco do Coala tudo se concretizou, para o festival em si, para o efervescente momento “festivais brasileiros” em geral e para o status quo da música brasileira atual.

Gal eternizou algumas das canções mais belas de artistas como Caetano Veloso, Jards Macalé e Milton Nascimento.  Para muitos artistas de hoje, a tropicália e todos esses artistas acima são referência para levar a MPB para suas novas fases. E desta nova CENA, muito forte no eixo Rio-SP, Rubel e Tim Bernardes são exemplos práticos de como a união das referências do passado e a juventude produz músicas boas.

Tudo isso culminou em uma linda versão de “Baby”, eternizada na voz de Gal Costa, e ressignificada para os anos 2020 pelo trio: Gal Costa, Rubel e Tim Bernardes. Estamos ansiosos para ver o que o pessoal do Coala vai aprontar pra 2023. Porque, tomando como exemplo o que foi feito neste ano, VAI TER QUE ser muito bom. 

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