CENA – Francisco, El Hombre solta as bruxas e o Liniker em novo (e primeiro) disco

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* Banda brasileira com sotaque mexicano (ou seria o contrário?), a banda francisco, el hombre gosta de seu nome escrito assim, em minúsculas (desculpa o título acima, moçada).

O quinteto, dois mexicanos “do mundo” (os irmãos Sebastián e Mateo Piracés-Ugarte) e três brasileiros (Andrei Kozyreff, Juliana Strassacapa e Rafael Gomes), acaba de lançar seu disco de estreia, “SOLTASBRUXA”, desta vez um nome em maiúsculas.

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Banda de som plural como sua composição, que vai de indie à salsa, de MPB e sambinha a uma tentativa latina de chegar num axé (ou um auê sem fuzuê que eles mesmo cunham de pachanga folk), o francisco, el hombre, nesse excelente primeiro álbum cheio, fez uso de uma galera tão plural quanto o seu som. Ou à altura de.

Tem nas suas fileiras, ou faixas, o “artilheiro” Liniker, furacão andrógino de uma certa soul music brasileira (“bolso nada”). Tem a ótima cantora Salma Jô, do Carne Doce, nome bem bom da bem boa cena goiana (“soltasbruxa”). Tem a moçada da banda gaúcha Apanhador Só (“tá com dólar, tá com deus”). Tem mais uma outra galera.

Para além da musicalidade, o francisco el hombre pega pesado em letras políticas. “Numa banda formada por quatro homens e uma mulher, se faz necessário trazer ao nosso cotidiano discussões sobre o machismo e a violência de gênero. É a hora de tirar vendas e mordaças”, comenta Juliana, vocalista e percussionista da banda. “Observamos a sociedade”, diz Piracés-Ugarte.

De sangue latino, o grupo tem ainda bem marcado em sua curta carreira a pequena tour que fizeram por Chile e Argentina para divulgar o EP “La Pachanga!”, de 2015, quando foram assaltados, ficaram só com as roupas que vestiam e usaram instrumentos emprestados para tocar e conseguir uma grana para voltar ao Brasil. Experiências assim estão no disco novo, que você pode ouvir aqui abaixo.

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SOLTASBRUXA
” foi produzido por Zé Nigro e pela própria banda entre dezembro do ano passado e julho deste ano, no estúdio Navegantes. A mixagem é de Gustavo Lenza, a masterização, de Felipe Tichauer (exceto “calor da rua”, produzida por Curumim e mixada por Fernando Narcizo).

*** O show de lançamento do primeiro disco do francisco, el hombre será em 22 de outubro, no Audio Club, na Barra Funda. Na programação da noite, toca também a banda argentina Onda Vaga?. Já tem ingressos a venda.

**** A foto do francisco, el hombre deste post e a da home são de Rodrigo Gianesi.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 21/09/2016
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