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* Coisa muito séria nos EUA e Inglaterra, o Record Store Day agora em abril agita o mercado da música, em especial o de discos e mais especial ainda o de loja de discos, com grandes e pequenos artistas se envolvendo de forma efetiva, seja U2, seja Parquet Courts. São preparados para a data lançamentos especiais em edições limitadas, relançamentos de discos famosos em versões de luxo, programação de shows pequenos dentro das lojas e tudo mais.
O Record Store Day nasceu como um movimento das lojas de discos independentes americanas em 2007 e sempre ocorre no terceiro sábado do mês de abril. A ideia surgiu em um encontro de donos de record stores em Baltimore, para discutir sua sobrevivência em tempos de música virtual, em que até superlojas tipo Virgin, Tower Records e HMV foram à falência como tais. Hoje, o Record Store Day lá é uma organização com sede, diretoria e CNPJ.
O Brasil, com a sobrevivência de pequenas lojas indies de São Paulo e o surgimento de algumas novas na esteira da importante revitalização do vinil e dos estabelecimentos enquanto ponto de encontro com bar e palco para shows, tenta há algum tempo pular na barca do Record Store Day, com iniciativas ainda que tímidas durante estes últimos anos. Mas agora a coisa parece que pode decolar. O Museu da Imagem e do Som, o MIS, na avenida Europa, resolveu abraçar a causa que até então acontecia modesta no underground.
Então, no dia 18, sábado da outra semana, em parceria com Locomotiva Discos (loja agitadora de Marcio Custódio, no Centro de SP), o MIS em sua área externa com entrada para o auditório e o foyer organiza um feirão de discos para comemorar a data, com entrada gratuita. Serão cerca de 70 expositores para fazer acontecer venda, troca e compra de CDs novos e usados, raros, importados e nacionais.
O padrinho do evento não podia ser mais bem escolhido. Ou pelo menos ter o melhor nome para a ocasião. O expert em discos, produtor, jornalista, empresário, colecionador, músico e outras tantas alcunhas sonoras Kid Vinil vai ser o “mestre-de-cerimônias” deste Record Store Day brasileiro. Kid aproveitará o evento para autografar sua biografia, “Kid Vinil – O Herói do Brasil”, que está sendo lançada. Ele autografará ainda o compacto em vinil de “Beatriz”, canção de sua atual banda, o Kid Vinil Xperience.
O feirão de discos do RSD brasileiro acontecerá das 12h às 20h e terá pocket-shows de bandas e artistas grupos independentes, a serem anunciados. O conhecido Romulo Fróes é um deles.
O evento tem um… evento criado no Facebook, aqui.
* RECORD STORE DAY BRASILEIRO – É óbvio que temos um chão a percorrer para termos um RSD no mesmo nível, mas esse feirão dentro de uma instituição como o MIS é bem importante para o mercado independente de discos daqui.
Coisas legais e/ou diferentes estarão disponíveis no Record Store Day no MIS, como:
– algumas cópias do álbum “Molhado de Suor”, disco de 1974 de Alceu Valença (raro, original da época, primeira prensagem, R$ 390,00)
– “Tropicália: ou Panis et Circencis”, primeira edição, 1968, original de época, em mono, autografado por Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa, R$ 700,00)
– Mutantes/Mutantes, primeira edição desse álbum, em mono, R$ 650,00).
Serão lançados neste dia, na feira, discos como:
– o álbum duplo “Girls in Peacetime Want to Dance”, do Belle & Sebastian
– “Tudo Esclarecido”, da cantora Zélia Duncan
– “Vitória”, recém-lançado álbum do Dead Fish depois de um hiato de cinco anos
– “Convoque Seu Buda”, do Criolo
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