Austin City Limits: todos os problemas do mundo da Lorde. E o show incrível inteirinho

Austin City Limits: todos os problemas do mundo da Lorde. E o show incrível inteirinho Foto: divulgação

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* Popload em Austin, Texas.

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Ainda com 17 anos e até um ano atrás apenas um nome indie esquisito para os americanos, a cantora neozelandesa Lorde, tema na América de dois episódios recentes do popular desenho “South Park”, arrastou um mar de gente para vê-la, no fim de tarde de domingo, perto do encerramento do festival Austin City Limits, evento de 130 bandas espalhadas por três dias em dois finais de semana consecutivos. Que botou para circular 80 mil pessoas/dia no Zilker Park, parque enorme próximo da cidade, não tão longe do Centro. Coisa enorme, coisa séria, nível Coachella.

Fui uma vez a pé até o festival, mas o que mais incentivavam era a ida de bicicleta. Ou a própria, ou a alugada (tem 49 estações de retirada e entrega de bicicleta espalhadas pela área central da plana Austin), ou as bicicletas tipo gôndola de Veneza sob rodas, com um condutor, que levam pessoas a troco de gorjeta.

Lorde, agora com jeitão de artista consagrada, só não fechou o último dia do Austin City Limits porque daí a produção do festival não teria onde botar o Pearl Jam. Ela se apresentou apenas neste segundo final de semana do ACL 2014. Acho que foi a única artista, dos grandes, a pular o primeiro final de semana.

Era engraçado ver os momentos-discurso de Lorde durante o show. Umas angústias sinceras, vindo de uma garota que ainda não tem 18 anos e não deve ter entendido nada, não assimilou, o que aconteceu a ela desde os 16.

No palco, Lorde disse que a apresentação no Austin City Limits era a última do ano nos EUA. E que tudo tinha começado exatamente em Austin, seis meses atrás, quando ela morria de medo de se apresentar nos EUA, medo de crescer, medo do que estava acontecendo, toda a responsabilidade que estavam passando a ela.

E o Pearl Jam, na sequência, falando de Austin com lembranças de 20 anos atrás.

No ACL 2014, o tal “mar de gente” que a estrela teen arrastou era formado por milhares de menininhas gritantes e com celulares para o alto no modo câmera e ainda muitos marmanjos que até dançavam seu som quase não-dançante e cantavam com ela em uníssono cada palavra de suas músicas novas e “velhas” (seu único disco foi lançado há um ano), sobre angústias escolares, vida na periferia (da Nova Zelândia) e ansiedade de se tornar adulta.

As apresentações ao vivo de Lorde estão ficando com uma força tremenda, tomando como exemplo o que eu pude ver na Austrália no comecinho do ano e depois no Lollapalooza brasileiro.

Mesmo em fim de turnê, sua marcante voz às vezes frágil e às vezes em contralto combina cada vez mais com o tecladista e baterista finos que a suportam. Combina ainda com a dança quebrada e as jogadas para frente e para trás de seu famoso cabelo encaracolado. E com sua música de certo modo original, porque não é exatamente pop, não é inteiramente indie, não pode ser catalogada como eletrônica e não tem uma guitarra sequer para ser colocada como rock.

É apenas Lorde. E tem sido bem bom assim, enquanto seu sincero frescor juvenil durar. A tal da “energia”.

Abaixo, o belo show inteiro de Lorde no festival.

Mais abaixo ainda, foto de um cartaz com a “Lorde” do South Park, na verdade o pai do Stan, que sempre compôs e dublou todas as músicas da menina neozelandesa, que na verdade é uma fraude da indústria musical. Segundo o “South Park”, obviamente.

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** A Popload veio a Austin a convite do Texas Tourism. E está “andando” pela cidade de bike motorizada graças à Rocket Electrics.

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Postado por Lucio Ribeiro   dia 15/10/2014
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