Arctic Monkeys, Guns N’ Roses e Lana Del Rey entram. John Peel sai. Os novos shows e a nova polêmica do Glastonbury

Maior festival de música e artes do mundo, o Glastonbury anunciou uma nova leva de atrações para a edição deste ano, que acontecerá entre os dias 21 e 25 de junho. Os principais nomes anunciados são Arctic Monkeys e Guns N’ Roses, que se juntam a Sir Elton John no time de headliners. O veterano astro britânico apresentará no festival o show de sua turnê de despedida dos palcos.

Outros nomes importantes anunciados pelo festival incluem Lana Del Rey, Lil Nas X, Wizkid, Lizzo, The War On Drugs, Manic Street Preachers, Chvrches, Thundercat e grande elenco. Até o momento, em levantamento feito pela NME, 54% do line-up é formado por artistas masculinos. Nos últimos anos, a organização tem falado que a intenção é montar uma programação de gênero 50/50.

Mesmo com todos os shows incríveis e demais atrações, está rolando uma pequena polêmica em torno do Glastonbury. Um dos palcos (tendas) mais importantes do evento, que recebia o nome do histórico DJ John Peel desde 2004, ano de sua morte, será renomeado para Woodsies. A alegação é de que será feita uma readaptação no espaço, já que na área sudeste da Worthy Farm o horário de circulação do público, que costumava durar a madrugada toda, será limitado até às 22h. Desta forma, famílias com crianças terão que se concentrar em outras áreas onde se localizam os campos de teatro, circo e a nova fogueira, que ficará justamente próxima ao agora ex-palco John Peel.

Ao longo dos anos, grandes nomes como The Killers, The xx, Florence and the Machine e Primal Scream se apresentaram no palco John Peel.

Ano passado, um grupo fez uma petição de quase 2 mil assinaturas na página Change.org exigindo a retirada do nome de John Peel do palco, alegando que o ex-radialista da BBC teria cometido um ato de má conduta ao ter se casado com uma menor de idade. Em 1965, Peel, com 25 anos, se casou com uma garota de apenas 15 no Texas, que naquela época permitia legalmente esse tipo de união.

A organização do Glastonbury, no entanto, disse que a petição em nada interferiu na decisão pela mudança do nome do palco, que visa atender uma melhor organização do espaço gigante do festival a partir de suas áreas, para facilitar o senso de localização dos milhares de espectadores.

“Não me envolvi nisso porque não é da nossa alçada. Sempre tivemos um relacionamento muito bom com a família Peel. Tivemos 20 anos de John Peel e foi uma honra usar seu nome. Isso faz parte da mudança de Glastonbury para renomear seus palcos com base nas áreas em que estão localizados, como West Holts, Silver Hayes, The Park e William’s Green”, disse Emily Eavis, em entrevista ao The Guardian desta sexta-feira.

O Glastonbury 2023, até agora, está assim: